O Que Você Precisa Saber Sobre a Dengue: Sintomas, Diagnóstico e Tratamento
A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e representa um grave problema de saúde pública, especialmente em países tropicais como o Brasil. Com a recente pandemia de coronavírus, muitas pessoas podem confundir os sintomas da dengue com os da COVID-19. No entanto, é crucial estar ciente dos sinais e sintomas específicos da dengue, pois, em 2019, mais de um milhão e meio de brasileiros foram diagnosticados com a doença, e quase mil perderam suas vidas. Em 2020, até junho, já foram registradas cerca de 800.000 infecções.
Quando Suspeitar de Dengue
Os sintomas da dengue podem ser confundidos com outras doenças, como a COVID-19, mas existem sinais característicos que ajudam na suspeita da doença. Se você vive em uma área com alta transmissão de dengue, é importante estar atento aos seguintes sintomas:
- Febre alta, geralmente acima de 38,5°C, que surge de forma súbita;
- Dor de cabeça intensa, especialmente atrás dos olhos;
- Dores musculares, com destaque para a região lombar;
- Dores nas articulações;
- Cansaço e fadiga extremos;
- Manchas vermelhas pelo corpo, principalmente no tronco;
- Náuseas e vômitos.
Esses sintomas tendem a aparecer de quatro a sete dias após a picada do mosquito e podem durar até dez dias.
Formas Graves de Dengue
Além da forma clássica da doença, existem as formas graves de dengue, conhecidas como dengue com sinais de alerta e dengue grave. Os sinais de alerta incluem dor abdominal intensa, vômitos persistentes, queda das plaquetas no sangue, sangramentos espontâneos e acúmulo de líquido na cavidade abdominal ou pleural. Já a dengue grave pode levar a choque, sangramentos digestivos, comprometimento de órgãos vitais e alterações no nível de consciência.
Diagnóstico e Tratamento da Dengue
O diagnóstico da dengue é feito com base na avaliação clínica, exame físico, prova do laço e exames de sangue específicos, como hemograma e contagem de plaquetas. Testes rápidos, sorologia e biologia molecular também podem ser utilizados para confirmar o diagnóstico.
Quanto ao tratamento, não existe um medicamento antiviral específico para a dengue. O tratamento é de suporte, com foco em repouso e hidratação, podendo ser realizado em casa ou no hospital, dependendo da gravidade. Analgésicos podem ser usados para aliviar a febre, mas é importante evitar anti-inflamatórios não hormonais, como diclofenaco e aspirina, pois podem aumentar o risco de sangramentos.
Prevenção e Controle da Dengue
A melhor forma de prevenir a dengue é combater o mosquito transmissor. Isso inclui eliminar água parada, que serve de criadouro para o mosquito, e adotar medidas para reduzir o risco de picadas, como usar roupas compridas e repelentes. Mosquiteiros também são uma ferramenta eficaz, especialmente para proteger bebês e crianças pequenas.
Reinfecção e Outras Arboviroses
É possível contrair dengue mais de uma vez, pois existem quatro sorotipos diferentes do vírus. A infecção por um sorotipo confere imunidade apenas contra aquele tipo específico, deixando a pessoa suscetível aos demais. Além disso, a dengue compartilha sintomas com outras doenças transmitidas por mosquitos, como zika, chikungunya e febre amarela, o que reforça a importância de procurar atendimento médico diante de qualquer suspeita.
Vacinação Contra a Dengue
Existe uma vacina contra a dengue disponível em clínicas privadas, mas seu uso é restrito e deve ser feito sob orientação médica, principalmente em pessoas que já tiveram dengue. Pesquisas estão em andamento para o desenvolvimento de uma vacina mais abrangente e acessível a toda a população.
Em resumo, a dengue é uma doença séria que requer atenção e cuidados específicos. Na presença de sintomas, é essencial procurar um médico ou serviço de saúde para avaliação e tratamento adequados. A prevenção continua sendo a melhor estratégia, com ênfase no combate ao mosquito transmissor e na eliminação de criadouros potenciais.